Pela primeira vez em muitos anos havia uma enorme emoção em chegar ao aeroporto do Galeão no Rio. Desta vez, quem iria atravessar aqueles míticos portões de embarque era eu. E sozinha! Quanta emoção de uma vez só ! Minha última compra no Brasil foi uma taxa de embarque que não estava inclusa no meu bilhete de milhagem. Paguei R$ 250 para a ida somente. A volta seria 100% por milhas da Gol. Bons tempos !
Cruzar os portões do aeroporto inicialmente era emocionante. Passar pela tensa fiscalização da polícia federal e ... bom. Se você conhece o aeroporto do Galeão do Rio...você sabe que a emoção acaba aqui. Por que não há nada de glamuroso em andar naqueles portões sem fim e sem grandes atrativos.
No avião voltei novamente a me empolgar. Minha primeira viagem sozinha...muita emoção e pra melhor. E algum pequeno receio de quantas vezes ao longo da vida escutei da minha tia que aquilo lá não era turismo para se fazer. Ela havia viajado de ônibus pela Argentina e pelo Paraguai nem sei quando. Acho eu que na década de 80. Mas entendo que de 1980 para 2010 muita coisa melhorou. Ou quero acreditar que sim.
Eu fiquei 3 meses oficialmente me preparando para chegar em Buenos Aires e para viajar pela Argentina. Comigo eu levava dois guias , o da Folha - Guia Visual - Argentina e o outro que ainda nem tinha no Brasil e seria fundamental no futuro. Footprint Steps-Patagonia. Era na época a única edição decente que eu encontrei em inglês sobre a Patagônia. E pra falar a verdade um dos poucos guias no mundo tão bem detalhados daquele lugar.
Mas a dica mais preciosa que eu obtive para chegar na Argentina foi de uma extinta comunidade do também já falecido Orkut. A comunidade Albergues da Juventude. Também tinham variações como Buenos Aires - Eu Fui , Argentina - Dicas , Mochileiros etc.
BsAs- Aeroporto de Ezeiza
Cheguei sem grandes novidades exceto o idioma. Ali o oficial da imigração Argentina perguntou
quantos dias iria ficar e carimbou meu passaporte.
Atenção para você que não tem passaporte: Por conta do nosso Mercosul não é necessário passaporte para entrada na Argentina. A carteira de identidade brasileira é aceita. No entanto, na entrada eles irão lhe dar um papel com o carimbo de entrada. Guarde ele como fosse sua VIDA. Ao sair do país eles exigirão o mesmo. E se eu não tiver ele na saída ? Ahhh pode começar a rezar. Por que vão querer investigar toda sua vida, sua origem, familiares, antecedentes etc... até decidirem que você é uma boa pessoa e pode seguir em frente apesar de tomar uma bronca por ser muito relapso.
Depois de pegar as malas, ter o passaporte carimbado , a grande dica que consegui na comunidade Albergues da Juventude do Orkut foi : Antes de sair no portão de desembarque, olhe para a direita. Ali tem uma casa de câmbio. É a casa de câmbio mais confiável de toda Argentina e com a melhor cotação do país ! Pois é exatamente isso ! Funciona! Que felicidade a minha. Não era um causo de internet. Era real! Passo a dica adiante. (E depois eu mesma chequei em diversas casas de câmbio pela Argentina e não achei mesmo nenhuma cotação tão vantajosa como aquela. Normalmente ela bate com a referência que temos no Banco Central) . Em janeiro de 2010, R$ 1 = AR$ 2.11 ou seja...a gente comprava praticamente o dobro com o mesmo dinheiro.
Troquei R$ 3.000 o que me deu AR$ 6.330. Estava rica da noite pro dia. Ah sim! A casa de câmbio em questão era do Banco de La Nación. O principal banco argentino. Algo como nosso Banco do Brasil.
Na Argentina dólares e euros são muito bem aceitos também se você achar que vale a pena. Mas eu acho que a idéia de que se eu trocar em dólar vou ganhar mais pesos ... olha...naquela época era só uma ilusão de ótica. Você ganhava o equivalente ao que foi trocado em reais ou mesmo em euros. Não sei como está hoje. Na dúvida, consulte o site do nosso Banco Central: http://www.bcb.gov.br/?txcambio
Como chegar à Buenos Aires ?
Eu iria fazer um turismo aventura amparada pelos Albergues da Juventude, vulgo Hi Hostel em inglês ou Albergues de la Juventud en español. E se você não fuxicar bem o site deles ou não perguntar, nunca lhe dirão mas , toda a volta de Buenos Aires para o aeroporto internacional de Ezeiza (EZE) é feito de forma gratuita. Atente que já desde 2010 (não sei o mês exato) , o aeroporto local Jorge Newberry faz vôos internacionais. Ele fica há apenas 2 km de Buenos Aires contra os 32 KM de distância de EZE. Bom, na época eu não tinha essa opção. Agora, eu pude voar pelos dois. Vou dar minha opinião: EZE tem muito mais infraestrutura para vôos internacionais. O Aeropuerto Jorge Newberry tem a estrutura de um aeroporto Santos Dumont-RJ ou de Congonhas -SP. Ele aguenta mas eu não acho que seja o ideal para a enorme quantidade de bagagem,passageiros, idiomas diferentes, moedas etc. Fica a seu critério o que é melhor.
Para sair do aeroporto de Ezeiza e chegar à Buenos Aires eu não tinha um transfer. Talvez quem tivesse reserva em hotel tivesse esse serviço. Mas eu...mochileira, alberguista, aventureira, não. E minha mala estava pesada! Era a primeira vez que eu viajava sozinha então eu não tinha muita idéia de quanto levar de roupa para uma viagem internacional.
Resolvi pegar um táxi ou Remis. É bom ficar atento com algumas coisas...táxi é táxi que nem a gente conhece pelo Brasil. O Remis...ou Remises no plural (remices) eu diria que não é exatamente um radio táxi mas ele tem uma tarifa mais cara e um pouco mais de estrutura. Pode ser um carro maior, melhor arrumado, com ar funcionando...a gente percebe a diferença.
Eu sabia que a distância do aeroporto de Ezeiza era de 30 mins com bom trânsito mas em média levava 1 hora e 30 por conta de trânsito e loucuras que encontramos por aí. É...90 mins. E eu posso estar errada mas acho que não existem ônibus para o aeroporto de EZE de Buenos Aires.
Fui pegar o táxi e ali...a primeira argentinada. O cara que me ajudou a pegar o táxi e colocar a mala pra dentro chegou pra mim num canto e falou : La propina. Eu olhei pra ele por uns segundos: E ele fez com a mão : Y la propina ? É...ele queria que você desse algum pra ele só pq ele colocou a mala que você não pediu dentro do táxi que ele te ajudou a chamar. Bom...ele ficou puto comigo. Pq eu dei 10 pesos. E ele achou pouco. Eu falei pra ele : É isso ou nada. O táxi me cobrara AR$ 90 pela corrida.
Rumo à Buenos Aires
Quando cruzei o límite entre o aeroporto de Ezeiza e os primeiros kms de Buenos Aires eu me senti numa verdadeira viagem internacional rumo ao nada. Pela primeira vez via placas de trânsito que em nada remetem ao Brasil. Placas que até então eram verdadeiras lendas nas minhas aulas de alemão. Como a placa azul com círculo vermelho e azul com cruz vermelha.
É...eu consegui! Eu estava completamente por minha conta.
E eu tava apreensiva se o taxista não iria me passar a perna ou o que. Mas agora a única coisa que me restava era confiar.
As placas, os anúncios, o idioma...tudo era diferente. Mas o nosso sangue latino as vezes nos ajuda muito. Nem todas as palavras eram tão difíceis de entender.
O tempo passa, passa, passa,passa e Buenos Aires não chega. Muito cimento, viaduto, áreas verdes, áreas urbanas ... e nada.
Bom...depois de muito tempo consegui ler algo. Avenida 9 de Julio. Sim, ela é muito famosa por lá. Finalmente parecia que estávamos chegando. E pude de cara olhar o Obelisco. É um famoso monumento turístico que...bom..eu acho que consegue ser mais sem graça que o nosso do Rio. Mas para marinheiro de primeira viagem...check!
Sabe aquela coisa bem nerd que você jura que não vai tirar foto jamais do Obelisco porque é coisa de turista demais ? Pois então rs. Eu fiz isso. Mas não vou deixar ninguém triste. Eis uma foto, que não é minha para que você tenha noção de como é o monumento:
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/69/Obelisco_en_Buenos_Aires.JPG |
Pronto! Este é o Obelisco.
Nessa hora eu pude ver algo que até então era meio mítico na minha cabeça. Uma Revolución! Sim, estava acontecendo uma revolución! Eu não sei bem pelo que gritavam. Mas milhares de pessoas atravessam a 9 de Julio rumo há algum ponto. E pelo que entendi pelos cartazes exigiam algum direito trabalhista.
Um pouco depois de andarmos o mais que pôde a 9 de Julio o taxista me informa que ele teria que me deixar numa rua o mais próximo possível daonde eu ficaria pois minha rua é somente de peatones.Ou pedestres. Ok, estava aí minha primeira palavra aprendida, depois de propina. Mas propina a gente sabe bem no Brasil o que é. Eu custei a entender o que era um peatone mas compreendi que naquela rua táxis não passavam. Antes de sair de casa eu dei muitas olhadas no Google Maps e tinha noção que meu albergue não estava muito longe da rua principal. Apenas uns 300 metros se tudo isso.
Cheguei!
Hostel Suites Florida
A rua Florida que dá nome ao albergue me lembra e muito a Uruguaiana do Rio de Janeiro. Camelô no chão, ambulantes vendendo o que têm e não têm, casas de câmbio, lojas de tudo quanto é marca...é, acho que estarei hospedada no Centro de Buenos Aires. Isso aí. Com um pequeno grande agravante. Buenos Aires é absurdamente mais poluída que o Rio de Janeiro. Era difícil respirar aquele ar. Extremamente sujo e sufocante. Não respirar o máximo que eu podia era uma ótima opção!
Entrei no albergue e WOW !!! Eu nunca tinha ficado em nada tãoooooo gigante na vida. Um Albergue de 9 andares pra cima e um para baixo. Que funciona com elevadores. E elevadores de maquinária moderna mas, de portas antigas. As portas ainda são aquelas de correr. Mas o maquinário e os botões são bem modernos.
A recepção ficava no 2º andar. No primeiro apenas havia um funcionário para dizer que a recepção fica no segundo andar e checar se você tem reserva. Isso não era coisa a ser feita numa recepção ? Enfim...
Na recepção havia uma longa fila e eu fiquei horas pensando se deveria falar em inglês, forçar um portunhol ou o que... bom comecei a falar em inglês mas tão logo descobriram que eu era brasileira pediram para eu falar devagar em português que eles entenderiam.
Os andares do albergue ainda por cima eram temáticos. Cada um com um tema de uma personalidade muito importante na história Argentina. Fiquei no 9º andar. Na época, era em homenagem ao cantor popular mais famoso da Argentina: Atahualpa Yupanqui.
Ok, não é a melhor foto do mundo mas dá para ter uma boa noção.
Ao chegar no meu quarto, eu vi uma coisa que infelzmente ficará só na lembrança. O melhr edredon do planeta que eu já conheci ! Um edredon branco com linhas finas coloridas de vermelho, verde e azul. Tãooooooo macio!!! Queria um pra minha cama. Além do edredon, me impressionou muito a estrutura do quarto. Enormes armários que podiam comportar facilmente malas de 50 Kg (pois é!), beliches recém reformados e super limpos, paredes impecavelmente pintadas e um banheiro que...nossa!!! Parecia um banheiro particular daqueles de hotel de luxo ou gente muitoooo rica. Ele tinha uma puuuutaaaaaaa banheira, um ultra chuveiro e uma super pia ! E apenas 5 pessoas dividiam aqueles beliches, armários e banheiro, sensacional. 5 meninas. 1 brasileira, 2 chinesas , 1 era eu e a outra eu não sei quem era. Eu já havia ficado em muitos albergues bons mas nenhum com tanta sofisticação e qualidade até hoje em minha vida! O status de melhor albergue do mundo pra mim só aumentava.
Assim que eu cheguei lá a primeira coisa que eu fiz foi organizar meu dinheiro. Eu tinha a coisa mais importante do planeta a fazer ! Terminar de pagar minha viagem. Eu havia pago acho que apenas 10% para o HI Travel Argentina, a rede oficial dos albergues de lá.
Apesar de ser minha primeira viagem 100% solo , eu estava sendo amparada pelos Albergues da Juventude o tempo inteiro. Desde minha primeira albergada em 2004 passei a confiar e a seguir profundamente o lema deles e sabia que se eu precisasse recorrer a um estranho...definitivamente eram eles.
Tão logo eu fiz o check in no albergue , pedi para avisarem a Malvina. Ela trabalhava na central do Hi Argentina e durante grande parte da viagem seria algo como meu quartel general a quem pedir socorro.
Pedi na recepção informações sobre como chegar até ela, eu sempre fui mto boa de ler mapas. Então, lá vamos nós. Recebendo instruções em espanhol para quem nunca falou na vida . Ok... só descobri uma coisa. Siga a rua do albergue até o final e ande na diagonal até cruzar a rua X. E lá na rua X , ande mais uns 500 metros. Blz...acho que não era tão difícil assim.
Achei um pouco estranho ao achar o local que era bem suntuoso. Parecia um edifício ultra tradicional e eu...no melhor estilo pé de chulé kkk. Me senti constrangida mas parecia ser ali mesmo o endereço. Achei em um dos andares o adesivo do Hi Travel Argentina. Estava no lugar certo.
Subi , realizei o pagamento e pedi uma foto para Malvina rs. Ela ficou sem entender nada. Expliquei que era minha primeira viagem solo e não saberia se conheceria muitas pessoas daqui em diante. E como ela seria a pessoa que mais iria me ajudar o tempo inteiro...nada mais justo rs. Serviria pelo menos para contar para a posteridade. E naquela época eu nem pensava em Blog...mas não é que serviu rs ?
Eu e Malvina minha salvadora da pátria ao chegar na Argentina |
Saí de lá bem mais pobre rs. Quase 50% do meu dinheiro ficou ali. Mas agora eu também não tinha que me preocupar com mais nada. Estava livre. Daqui em diante eu poderia fazer o que bem entendesse.
Voltei pelo mesmo caminho da ida. Então pude começar a reparar algumas coisas. Kiosko na Argentina é um lugar que vende jornal e não é jornaleiro que nem conhecemos aqui no Brasil. Ele tem duas modalidades, a pequena no meio da rua e do nada que é parecida com essa aqui:
Sim, é entupida de informação como essa. |
E a modalidade mais comum que para mim se assemelha a uma loja de conveniência. Você encontra nele, alfajores Havana para dar de presente de todos os tipos, água de todas as marcas possíveis, refrigerantes, cerveja, camisinha, absorvente, isqueiro , bala, chiclete, caneta e o que mais imaginar. Como esse aqui:
Sim, é uma zona organizada |
Além dos Kioscos pude ver uma série de apresentações de tango na rua. Algumas muito boas e algumas muito ruins. Mesmo para quem não tem muito conhecimento dava para perceber a qualidade de quem dançava. E se você quisesse entrar na roda não tinha problema. Eles ensinariam alguns passos. Mas não foi dessa vez que eu filmei. (futuramente posto aqui).
Bom nesse dia não fiz muita coisa além de um reconhecimento de área. Até por que eu não passaria mais do que dois dias em Buenos Aires. Pois é! Lembram-se do meu itinerário ?
A idéia seria ficar 3 dias inicialmente em Buenos Aires. Este que eu cheguei , 1 para me ambientar melhor e 1 para partir. Fora isso, eu queria conhecer a Patagonia e o Fim do Mundo. O pouco que conheci do centro de Buenos Aires me lembrou muito um mix entre Rio e SP. Sem tirar nem pôr.
Eu pude perceber algumas coisas em Buenos Aires neste primeiro dia, sim homossexuais andam tranquilamente por aqui, faz sentido tudo que eu já tinha ouvido sobreo turismo LGBT e ser uma cidade gay friendly. Também aprendi que empanadas vendem em qualquer lugar e ensalada também. Será que ensalada era muito diferente de salada ? Eu fui ao Mc Donalds e também ao Burger King. Um mais pela manhã e outro mais pelo final do dia. Bom...no Burger King da Argentina se vende bife ancho e BK Parrilla (vulgo Burger King Churrasco) , além de sabores mais tradicionais. Parilla na Argentina em geral está associada ao nosso churrasco e suas variações. Pode ser o churrasquinho de gato, rodízio, a la carte...parrilada. Uma verdadeira comilança de carnes.
Ah sim! Aprendi também no Orkut que guardanapo é servilleta (fala-se em espanhol do México Servilheta e no da Argentina servijeta ou servirreta) e canudo é paja (parra). Mas acho que existe outra palavra para canudo também, agora não me lembro. De qualquer forma...na hora que precisei usar os termos...funcionaram. Ponto para o Orkut de novo!
Ah sim! Importante! Se você não tem um adaptador de tomadas com você, irá precisar comprar. As tomadas argentinas não são iguais as nossas. Veja que coisa de "Jênio" :
Não que a gente possa falar muito da nossa . Mas o fato é que se você achar num camelô qualquer, compre imediatamente. Do contrário somente com alguma sorte você encontra isso numa Ferreteria.
Pois é, ferreteria não é uma loja de ferragens. Mas é como se fosse. Lá se vende vara de pescar, ferramentas, parafusos, lâmpadas, artigos de pesca e camping...e adaptador de tomada ? Sim...pq pra eles existem os adaptadores que não são de tomada. Para que são ? Eu não sei. Já era confuso explicar um adaptador de tomada , quanto mais perguntar para que serviria o outro tipo.
O fato é que no camelô você encontrava por 1 ou 3 pesos o adaptador de tomada e na Ferreteria por 7 pesos. Agora te convenci que é melhor no camelô né rs ?
Obs: Muitos camelôs na Argentina são brasileiros. Fique ligado e mande uma letra no português para ver o que acontece.
Outro fato curioso de latitude e longitude é que na Argentina escurece muito mais tarde que aqui. Por exemplo, no verão às 10:30 da noite o sol tá indo embora. Ahhhh como eu queria ! E acho que isso pode ser um perigo também. Você perde total noção da hora de comer , seu ciclo biológico etc...vai tudo pro espaço. Sugiro você se ligar nos horários pq isso ao longo dos dias será necessário. Em especial se sair do centro urbano de Buenos Aires.
Como era meu primeiro dia estava cansada. Fui jantar no albergue. Pois é. Eu havia pesquisado bem no site do albergue e descoberto que se você pagasse 8 pesos na bebida seu jantar sairia de graça. Foi o que eu fiz. Comida ? A que tivesse.
Me lembro de ter comido algo com purê de batatas e arroz. Não estava ruim. E tomei uma Pepsi. A pepsi na Argentina tem um mercado muito mais forte que no Brasil.
No próprio albergue tinha também um enormeeeeeeee quadro com sugestões do que fazer em Buenos Aires guiado pelo pessoal do albergue ou não. Desde jogos de futebol até passeios guiados, visitas à museus e o que mais fosse. Decidi fazer algo que até hoje...não é exatamente um passeio muito pensado ou requisitado por turistas. O Walking Tour pelo Delta do Tigre.
Quando eu ia dormir , uma brasileira me chamou pra sair a noite. Mas desisti. Achei que era melhor descansar , não conhecia nada, era minha primeira viagem sozinha e não sabia o que esperar dos próximos dias. Ela também estava sozinha e foi para a noite com brasileiros com quem fez amizade na hora.
Próxima Parada: Delta do Tigre e a Província da Grande Buenos Aires.
Acho digno continuar contando as histórias! Com seu post aprendi e me diverti muito mais do que várias histórias de viagens. Acho que estava acostumada demais a ler só sobre o turismo em si e você nos traz muito mais. Impressões e experiências sobre a 'sobrevivência' em si. Só não entendi direito a história da Malvina. Esse lance do Albergue da Juventude, vc paga um valor fixo e pode usar quantos albergues quiser? Ou você já sabia em quais ia ficar e os períodos e poderia pagar antecipadamente num escritório? A dica do guardanapo e canudo foi perfeita. Também não manjo de espanhol e acho um alívio poder falar em português ainda que devagar... E que venham os próximos posts!
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